APIs (application programming interface) são conjuntos de definições e protocolos para construção e integrações de aplicações de software. APIs ajudam organizações a economizarem tempo e recursos, simplificando ou eliminando completamente certas tarefas que, em algum ponto, poderiam comprometer ou engessar os negócios.
Com o emprego de APIs, negócios podem se concentrar na entrega de valor aos seus clientes, além de se diferenciar no mercado através de especializações em verticais específicas, criando novas e promissoras oportunidades de negócio.
Mas nem sempre é simples. APIs podem apresentar um grau extremamente elevado de complexidade e riscos graves de segurança. Segundo pesquisa da Cloudentity, no ano de 2021, 97% das organizações sofreram atrasos ao liberar novos aplicativos e serviços devido a preocupações de segurança de suas APIs. Desse montante, 44% afirmou que estas preocupações se deram em função da possibilidade de exposição de informações privadas.
Ainda citando números, o 2021 State of the API Report‘, produzido pela Postman, aponta a dimensão impressionante do crescimento das APIs no mercado. Alguns dos dados apontados pela pesquisa:
- O número de APIs cresceu 39% em um ano
- O número de requisições à APIs cresceu 56% em um ano
Muitas organizações estão em processo de mudança relacionado à segurança de suas APIs. Na pesquisa da Cloudentity, 93% dos entrevistados indicaram que planejavam aumentar seus orçamentos e recursos para segurança de APIs. Mais da metade (64%), reportou que seus orçamentos para segurança poderiam aumentar em até 15% daqui para frente.
Esses achados levantam uma questão importante. Para onde as organizações que buscam maximizar a segurança da API devem direcionar sua atenção? Abaixo estão quatro dicas para iniciar o processo de hardening de suas APIs, de maneira eficaz.
Adote uma Estratégia de Gerenciamento de APIs
Primeiro, as organizações precisam adotar uma estratégia de gerenciamento de API, da maneira mais proativa possível, fornecendo processos claros para design, implementação e gerenciamento de API que se alinhem aos requisitos do negócio. Como parte desta estratégia, as organizações devem documentar maneiras pelas quais as equipes de segurança podem identificar, priorizar e corrigir vulnerabilidades, envolvendo suas APIs – especialmente as 10 principais fraquezas de API identificadas pelo Open Web Application Security Project (OWASP). Todos os outros elementos de cybersegurança, relacionados às APIs, derivam dessa estratégia de gerenciamento, incluindo a gestão de ameaças e a gestão de vulnerabilidades.
Encontre Todas as suas APIs
Com uma estratégia de gerenciamento de APIs em vigor, as organizações podem descobrir todas as suas APIs, onde quer que residam. No entanto, é necessário ser estratégico sobre como abordar essa etapa. Por exemplo, a TI nem sempre sabe sobre todas as APIs em uso em toda a organização, portanto, confiar nos processos de descoberta manual, pode deixar pontos cegos críticos.
A documentação da API, embora seja uma prática recomendada, pode não ser feita de forma consistente. A descoberta automatizada de endpoints, parâmetros e tipos de dados da API é crucial.
Com isso em mente, as organizações precisam descobrir APIs em todos os seus ambientes, não apenas na produção; incluir dependências de API; e marcar/rotular suas APIs como uma prática recomendada de DevOps.
Aumente a conscientização sobre a segurança da API
O negócio não pode esperar que todos sigam as práticas de segurança das APIs, se sua força de trabalho não entender as ameaças envolvidas. Para remediar isso, treinamentos de conscientização de segurança para educar seus funcionários sobre ataques baseados em API e como eles ameaçam os negócios, produzem efeitos positivos significativos. Esses esforços ajudarão a levar a segurança ao longo das fases de design, construção e implantação do software. Treinamentos constantes de segurança complementam as iniciativas de DevSecOps, projetadas para promover a colaboração entre as equipes de desenvolvimento de aplicativos, segurança e operações.
Busque o estado de Zero-Trust
Finalmente, as organizações devem considerar zero-trust como seu objetivo. Um simples controle de acesso ou um controle de identidade já não é mais suficiente. Uma abordagem de confiança zero pode ajudar as equipes de segurança a autenticar continuamente o serviço, o solicitante e o cliente, minimizando assim as ameaças de ataques à API. As equipes também podem usar confiança zero para auditar essas solicitações e sinais de comprometimento. Zero-Trust pode gerar indicadores CIA (confidencialidade, disponibilidade e integridade) sobre os quais se pode agir para limitar o escopo de um incidente.
“Zero Trust é um modelo de segurança de rede que requer verificação e autenticação contínuas dos usuários que podem se conectar ao sistema ou aos serviços de sua organização. O conceito, proposto pelo analista da Forrester Research, John Kindervag, surgiu em 2010. Sua ideia básica é nunca confiar em quem está acessando a rede antes de fazer uma verificação de segurança. Assim, no modelo Zero Trust, nenhum usuário, dispositivo ou serviço é confiável antes de uma autenticação que confirme a identidade.”
É importante ressaltar que as quatro dicas compartilhadas não garantem a implementação completa de segurança para suas APIs, mas sim, funcionam como um primeiro passo extremamente adequado, e definitivamente no caminho correto, em direção a um processo de segurança maduro e adequado.
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