Na última semana tive a oportunidade de bater um papo com nosso CEO, Elemar Jr sobre o trabalho de estratégia na gestão da inovação e transformação digital que estamos desempenhando em grandes empresas do país.
Novamente começamos o papo falando sobre a importância de se definir as diretrizes estratégicas da companhia, pois são elas que vão servir de orientação para as iniciativas, as definições e os limites que podem ser explorados, o que comumente chamamos de guidelines e guardrails.
Na sequência conversamos sobre as capabilities da inovação, que são 3 (três) macrofases que simplificam, potencializam e aceleram o uso de novas tecnologias e amplificam as tendências. Sendo elas: a descoberta, a disseminação e a absorção.
A fase de descoberta é a fonte de entrada de muitas tecnologias e tendências a serem estudadas e, em uma grande companhia, muitos são os agentes que contribuem nesta jornada, como os clevels ao participarem de convenções e benchmarks com outros executivos, demais colaboradores que tiveram experiências prévias em outras companhias ou que são entusiastas do assunto, times de inovação e grupos de pesquisa internos que frequentemente estudam as tendências e, muitas vezes são assessorados por entidades e consultorias importantes como Gartner, EY, PwC, Deloitte e KPMG e, por fim, não menos importante congêneres e concorrentes.
Ainda na fase de descoberta, onde muitas ideias e oportunidades são levantadas, discutimos a importância de se definir uma ferramenta para gerir e unificar todo portfólio de tecnologias em estudo ou que estão sendo aplicadas na companhia, além de monitorar as novas tendências, identificar quais tecnologias podem ser descartadas. Definida a ferramenta é importante definir critérios de evolução dos projetos e os métodos de avaliação de todas as iniciativas, estruturando assim a estratégia de inovação e/ou transformação digital.
Na sequência da fase de descoberta, inicia-se a fase de disseminação, que tem como principal função familiarizar e facilitar a realização do novo. Esse tema é importante pois nem todos os tomadores de decisão, times e profissionais envolvidos estarão familiarizados com uma nova tendência e por isso é importante realizar workshops, treinamentos, eventos de inovação e benchmarks para nivelar o conhecimento e conseguir estabelecer paralelos entre o serviço prestado e a tecnologia estudada.
Se após a familiarização o projeto ou a tecnologia se mostraram menos atraentes, ele, também, pode ser removido das iniciativas.
Na facilitação são identificados pessoas de negócio para apoiarem os projetos e terem novas ideias de aplicação daquela tecnologia e, principalmente, para conquistar engajamento executivo. Na sequência o projeto fica apto a ser avaliado pelos critérios pré-definidos pela estratégia de inovação.
Concordamos que dependendo do nível de maturidade e conhecimento a facilitação pode ocorrer com os times internos, porém, em um primeiro momento, é prudente trazer especialistas que vão mais rapidamente preparar as tecnologias para a fase de absorção.
A inovação acontece quando se consegue disseminar e absorver, gerando assim, novos negócios. – Elemar Jr |
Por fim, discutimos sobre a fase de absorção que é o ápice da transformação digital, quando uma tecnologia foi identificada, estudada, testada e implementada na companhia estando apta a ser adotada e gerar novos negócios, transformar o modelo de negócio ou até criar novos mercados para a empresa.
Obviamente que esse não é uma regra ou um projeto em cascata onde os processos acontecem após a finalização da etapa anterior, pelo contrário, é um modelo bastante ágil onde as iterações são contínuas, as vezes, acontecem em paralelo ou mesmo retrocedem nas fases anteriores para que a equipe ganhe maturidade ou mais familiaridade com a tendência estudada.
Finalizamos discutindo a importância da análise de riscos, internos e externos e falamos um pouco sobre investimentos, custos, ROI e sobre a oportunidade de não apenas desenvolver projetos internos mas avaliar parceiros externos, como instituições, startups e outras companhias, no que chamamos de open innovation. Entretanto, esse assunto vai ficar para uma próxima conversa.