Áudio também disponível no Spotify, iTunes, Deezer e Pocket Casts.
Os indicadores mais apropriados para apurar eficácia são, sem dúvidas, aqueles relacionados a produtividade. Eles tratam da relação de alguma variante “desempenho” e de “empenho” e podem estar adaptados para diversos contextos e analisados sob diversas perspectivas.
Metas relacionadas a alguma variação de produtividade são sempre apropriadas e refletem a boa gestão.
[tweet]A produtividade cresce quando aumentamos o “desempenho” ou quando diminuímos o “empenho”. Sendo que a redução do “empenho” tem impacto maior na produtividade do que o incremento do “desempenho”.[/tweet]
A verificação da produtividade, como estamos propondo, está em conformidade com a ideia comum de “fazer mais com menos”.
[tweet]Em termos de relações de trabalho, será mais produtivo aquele conseguir entregar mais, trabalhando menos.[/tweet]
Lembro-me de uma ocasião em que falava com um funcionário que vangloriava-se de suas longas jornadas de trabalho. Ele dizia que gostava tanto da empresa que chegava antes de todo mundo e ia embora depois de todo mundo. Sem dúvidas, ele trabalhava muito, mas sua produtividade era horrível.
Entendemos que [tweet]trabalhar demais só significa isso: “trabalho demais”. Sem resultado proporcional, “trabalho demais” é apenas um atestado de boas intenções e de provável incompetência.[/tweet]
Em uma empresa que está crescendo, boas aferições de produtividade podem ser feitas com base no faturamento per capita. [tweet]Se o faturamento está crescendo mas o faturamento per capita está caindo, há bons indícios de que a empresa está inchando e não crescendo.[/tweet]
Aliás, considerando a visão, em nossa opinião acertada, de Michael Porter que afirma que a competição é sempre pelo lucro, um indicador ainda melhor de produtividade seria o lucro per capita.
Finalmente, sob uma perspectiva puramente econômica, podemos considerar um bom indicador de produtividade a relação entre receita de um negócio sobre gasto total (soma de despesas e custos) em um período.
Há uma infinidade de aplicações para essa ideia. Podemos tentar estabelecer, por exemplo, alguma medida de resultado confrontada com a quantidade de tecnologias que o time conhece ou domina para garantir que o “conhecimento” está sendo aplicado suficientemente.
Ao CTO cabe a responsabilidade de definir produtividade para as necessidades da organização, conforme seu perfil de atuação. Também cabe ao CTO estabelecer uma meta desafiadora para favorecer o surgimento de lideranças. A ideia é preservar a maximização de um medida em proporção a outra.
[tweet]Definir a visão de produtividade apropriada, junto com uma meta audaciosa associada, tem o poder de transformar uma organização.[/tweet]
The main thing is to to keep the main thing the main thing. (Stephen Covey)
Que visões de produtividade você consideraria apropriada para sua organização?