Em 2015, em uma ótima apresentação no TED, Bill Gates anunciava que o maior risco para a humanidade não era mais uma guerra nuclear. Segundo ele, nossa principal ameaça seria uma epidemia.
É certo que, todos os dias, milhares de “previsões”, positivas e negativas, são feitas. Muitas delas, se mostram corretas. Outras tantas, não. O próprio Bill Gates, aliás, errou vários vezes, por exemplo, menosprezando o impacto da Internet no mundo, na década de 1990, depois, com a relevância dos sistemas celulares. Entretanto, parece que dessa vez ele acertou mais do que errou.
O novo Coronavírus vem causando estragos gigantescos que vão muito além das lamentáveis mortes e dificuldades para as pessoas infectadas. Por causa dele, estamos a beira de uma crise econômica intensa. A internet prolifera informação, mas também muita desinformação. O pânico, que seria justificado pelas razões certas, está acontecendo, muitas vezes, pelos motivos errados.
Bill Gates, fundador da Microsoft, errou muitas vezes. Mas, também, acertou tantas outras. Ele fundou uma das empresas mais influentes do mundo e, em seu contexto, impactou definitivamente a forma como o mundo funciona. Nessa semana, ele anunciou seu afastamento tanto da Microsoft quanto da Berkshire Hathaway (do seu amigo Warren Buffet), ambas empresas entre as 10 mais valiosas do mundo, para se dedicar exclusivamente a filantropia. Aliás, como filantropo, financiou a construção de hospitais e escolas e já comandou esforços para transformar fezes em água potável.
Seria inteligente ouvir e considerar mais quando alguém como Bill Gates compartilha uma preocupação com o mundo.