A culpa geralmente não está na meta, no planejamento. Está na base que deveria sustentá-la.
Vejo muitos planejamentos bem desenhados, com diagnósticos coerentes e metas ambiciosas, e na hora da execução…é aí que mora o perigo. Contudo, concorda comigo que, até aqui, nada de novo, certo?
De certa forma, sim. Para mitigarmos este problema, entendo que a execução estratégica exige alguns pilares sólidos:
📡 Comunicação estruturada entre lideranças e áreas.
🎯 Clareza de objetivos e prioridades.
🤝 Colaboração entre as áreas do negócio.
🧱 Estrutura tecnológica e organizacional alinhada à estratégia.
Todos têm seu grau de importância, em maior ou menor relevância de acordo com cada negócio. Porém, aqui quero dar luz ao último pilar — a estrutura tecnológica — que, quase sempre, é o mais negligenciado.
Ainda é comum ver a TI sendo chamada só na hora da execução, como se fosse suporte. Mas TI não é suporte. É viabilizadora. É parte do plano. Não existe mais nenhuma atividade relevante que não seja amparada direta ou indiretamente por tecnologia.
E como transformar este cenário, então? É aqui que entra o “pulo do gato” com a Arquitetura Corporativa, como disciplina que garante que a forma de operar da empresa esteja alinhada com o que ela pretende alcançar.
Basicamente, ela atua em quatro grandes dimensões:
Design de Negócio: os processos, papéis e capacidades essenciais para a entrega de valor.
Dados: as informações que sustentam decisões, visões preditivas e inteligência.
Aplicações: os sistemas que operacionalizam o modelo de negócio.
Infraestrutura e Tecnologia: a base técnica que sustenta tudo isso com segurança e escalabilidade.
Sem uma arquitetura estruturada, a execução vira esforço. Tudo depende de pessoas-chave, improviso, e trabalho pesado. É caro. É arriscado. E quase nunca, sustentável.
Planejamento estratégico precisa nascer com a TI à mesa, porque nenhuma estratégia é executável sem a estrutura certa para sustentá-la.