Conhecemos muitas empresas que fazem um excelente trabalho na elobração de suas estratégias. Infelizmente, a maioria dessas empresas falha na hora da execução.
É muito difícil, para as empresas, “orquestrar” as ações necessárias para realizar a estratégia. É necesssário que haja harmonia e alguma sincronização na definição dos objetivos, metas e processos de negócio. É imprescindível que todas as operações sejam bem suportadas pelo software da organização (pensando tanto em aplicações quando na organização dos dados). Além disso, nada acontecerá se a devida infraestrutura não estiver organizada.
A prática da arquitetura corporativa ajuda na execução da estratégia provendo, exatamente, a “orquestração” que a empresa precisa nas dimensões de negócio, dados, aplicações e tecnologias (incluindo infraestrutura).
É exatamente nessa orquestração que entendemos, estar o maior benefício da arquitetura corporativa.
NOTAS DO CAMPO: Muitas organizações falham na introdução de novas ofertas de produtos/serviços por ignorarem os impactos na organização. Por falta de uma visão holística, as organizações acabam focando, quase sempre, nas alterações evidentes em processos e atividades, definindo, inclusive, software que será usado, ignorando completamente como os dados serão integrados com o que está “funcionando” na aplicação e, inclusive, a infraestrutura que precisa ser suportada.
Não é raro, nos corredores de grandes empresas, ouvir histórias sobre sistemas de CRM que foram implantados na organização e que não “conversam” com as outras soluções de backoffice gerando trabalho em duplicidade. Ou ainda, que são muito “maiores” que as demandas estabelecidas pelo negócio.
Em tempos de “nuvem”, também não é raro ver empresas adotando soluções vendidas como serviço, que não integram com bases de dados legadas on-premise.
Os artefatos produzidos pela arquitetura corporativa conseguem indicar, por exemplo, quais processos de negócio seriam impactados pela atualização de um servidor. Ou ainda, que aplicações são necessárias para o funcionamento de um determinado departamento e quais fontes de dados devem ser preservadas/integradas/atualizadas.
NOTAS DO CAMPO: Toda empresa inicia, em algum momento, um processo de migração de uma plataforma tecnológica para outra. Entretanto, pela falta das práticas da arquitetura corporativa, acabam negligenciando que determinados processos de negócio, suportados pela plataforma legada, não são aderentes as mais novas. Resultado? sistemas legados “Mun-ra” (o de vida eterna).
Uma de nossas clientes, é uma organização onde quase todas as pessoas com quem conversamos estiveram, em algum momento na carreira, trabalhando para “desligar” um legado. Todas falharam! O que faltou?
[tweet]Embora tenha surgido nos departamentos de TI, a arquitetura corporativa é abrangente e trata da organização como um todo.[/tweet] Sendo bem claro, arquitetura corporativa não é arquitetura de software, nem de dados, nem de integração, nem de infraestrutura. Entretanto, a prática das arquiteturas de software, dados, integração e de infraestrutura são orquestradas pela arquitetura corporativa.
O aspecto central, que precisamos considerar é que a arquitetura corporativa faz a ligação entre o planejamento estratégico e a organização – direcionando a formulação dos planos.
Há, no mercado, métodos e frameworks consagrados, como o TOGAF, que dão referências sólidas sobre o que deve ser feito e como. Entretanto, é essencial que cada organização “tropicalize” essas práticas a suas realidades.
O mercado (e nossa consultoria) tem bons profissionais que conhecem bem as diversas opções de frameworks e podem ajudar as organizações a darem os primeiros passos.