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Em nossas consultorias, encontramos três perfis distintos para a posição de CTO: visionário tecnológico, gestor de pessoas e estrategista. Nesse post, compartilhamos um pouco mais sobre esses perfis.
Visionário tecnológico
Cabe ao CTO a responsabilidade de definir o direcionamento tecnológico da organização. Entretanto, é fundamental que seja entendido que quando mencionamos “responsabilidade” não estamos apontando a operacionalização. Em termos simples, [tweet]a responsabilidade de um cargo ou papel está associada a garantia de que uma atividade será executada e não, necessariamente, em executar essa atividade.[/tweet]
Em empresas menores e em startups o CTO é o visionário técnico (as vezes, “dividindo bola” com o CEO). Ele conhece bem as tecnologias que a empresa adota e ele busca, no mercado, tecnologias para viabilizar a visão do negócio.
Em empresas maiores, o CTO ainda é “visionário técnico”. Entretanto, ele não se apega mais aos detalhes das tecnologias (ele ainda tem a responsabilidade, mas delega a operação), ele escolhe entre opções tecnológicas (mas, a indicação das opções e o levantamento dos prós e contras é delegada).
Gestor de pessoas
O CTO tem a responsabilidade de trazer, desenvolver e manter gente boa com condições de explorar tecnologia. Além disso, é responsabilidade do CTO dar condições para que essa “gente boa” consiga fazer o seu trabalho.
Em empresas menores, o CTO, muitas vezes faz a gestão efetiva e próxima da rotina das pessoas (gestão do dia-a-dia).
Em empresas maiores, a estrutura de gestão e liderança é mais complicada porque a estrutura dos times é mais complicada. Como destacado por Ram Charan, se o CTO tentar executar tarefas de dois “estágios” (níveis) de desenvolvimento diferentes, estará “condenado” a ser bem-sucedido apenas naquelas relacionadas ao estágio (nível) mais baixo.
Em empresas menores, o CTO é tático e desenvolve o operacional. Em empresas maiores, o CTO é estratégico e desenvolve o tático.
Estrategista
O CTO é responsável por tangibilizar a estratégia do negócio na tecnologia e por impactar a estratégia a partir das oportunidades tecnológicas.
[tweet]Estratégia é um padrão coerente para tomada de decisões.[/tweet] É papel do CTO, independente do tamanho da organização, garantir que exista uma padrão definido e que este seja comunicado e seguido.
Em empresas menores, a atuação do CTO é tático-operacional. Logo, é importante que ele consiga “responder rápido” as questões levantadas pela equipe e pelo mercado.
Em empresas maiores, a atuação do CTO é estratégico-tática. O horizonte de suas decisões é mais elástica (e é natural que seja assim).
Concluindo
O “momento” e o “tamanho” da organização definem a ênfase de perfil e a atuação do CTO. Não há um roteiro pronto e o conjunto de qualificações varia.
Em posts futuros, vamos voltar a falar sobre atividades relacionadas aos três perfis que destacamos.
Esquecemos algo? Deixe suas considerações nos comentários.
Muito bom os pontos, você acredita que um programador sênior (realmente sênior) consegue mudar o foco da carreira para obter um cargo de CTO mais técnico?
Sem dúvidas. 🙂