Não forme squads em uma organização, sem revisar a arquitetura do software que ela produz. Não inicie um projeto baseado em (micros)serviços sem, antes, fazer uma revisão da estrutura organizacional. Ignorar essas recomendações, geralmente, implica em frustrações e prejuízos.
A lei de Conway é categórica e suas implicações são óbvias: [tweet]Uma organização monolítica não consegue produzir microsserviços. Empresas que produzem softwares monolíticos não deveriam ter “squads”.[/tweet]
Squads são times multifuncionais, que conseguem desempenhar atividades organizacionais de ponta-a-ponta, com autonomia e alinhamento. Eles reduzem a burocracia da organização pois reduzem a necessidade de documentos que nascem da falta de confiança. Afinal, pessoas de um mesmo time costumam confiar mais umas nas outras.
IMPORTANTE: Nem todo time é um “squad”. As vezes, é só uma “força tarefa”. As vezes, é só uma “equipe de trabalho”.
Para ter autonomia, as “entregas” de um squad devem ocorrer de forma independente. [tweet]Se as entregas de um squad precisarem ser feitas com as de outros, acordos são necessários e a burocracia-para-confiança emerge.[/tweet]
Apenas times realmente autônomos conseguem produzir (micros)serviços com baixo acoplamento. Microsserviços com alto acoplamento não se justificam pois são, apenas, um pesadelo para a operação.
[tweet]São necessários times realmente independentes para produzir (micros)serviços que não compartilham banco de dados.[/tweet]
A comunicação entre (micros)serviços será naturalmente assíncrona, se a comunicação entre os times que os produzem também for. [tweet]Comunicação síncrona entre (micros)serviços revela, mais que possível falha de design de software, falha de design organizacional.[/tweet]
[tweet]Falar sobre “Squads” implica falar sobre arquitetura de software. Falar sobre (micros)serviços implica em falar sobre estrutura organizacional.[/tweet]
IMPORTANTE: Talvez sua organização não precise ter “squads” e está tudo bem. Provavelmente sua organização também não precise de microsserviços e também está tudo bem. Mas, em nossa experiência, não dá para “geralmente é difícil comprar um sem levar o outro”.