Por alguma razão, costumamos valorizar o esforço (ou empenho) e tolerar pouca entrega de resultados. Não é raro elogiar quem “chega primeiro e sai mais tarde”, mesmo quando, na prática, na maioria das vezes, trabalhar mais horas não produza mais valor.
A relação entre trabalho e entrega é tão curiosa que deve ter inspirado a observação célebre de Mário Quintana:
A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.
O curioso dessa afirmação é que ela se demonstra empiricamente correta. O homem inteligente e preguiçoso acha formas menos trabalhosas de conseguir cumprir seus acordos. Ele busca, enfaticamente, formas de produzir o mesmo fazendo menos.
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É por querer trabalhar menos que, geralmente, as pessoas inventam mais. Quem automatiza geralmente o faz para ter mais tempo livre, não necessariamente para poder fazer atividades “mais nobres”.
O problema, definitivamente, não é a preguiça – ela não deveria ser condenada e nem mesmo evitada. Errado, apenas, é não estabelecer claramente o resultado esperado. Sem metas claras, o preguiçoso, que poderia ser um talento, converte-se em procrastinador. O problema, para as organizações, não é o preguiçoso. O problema, nas organizações é a falta de boa liderança.
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Há, também, aqueles que além da preguiça tem uma boa dose de ambição. Esses querem maximizar seus resultados e, para isso, entendem que o segredo está em não fazer “mais do mesmo”, esses, geralmente, são empreendedores.
Minhas principais características: procrastinador e preguiçoso!! 110% de identificação com o post!! 😀
Uma das minhas grandes discussões é sobre o ocupado versus o produtivo.
O mundo parece valorizar os ocupados, os ansiosos. Enquanto seguirmos assim teremos problemas.
Precisamos de tranquilidade. E de coisas automatizadas se estivermos falando de desenvolvimento de software. 😛