Li, há algum tempo, em um livro, a seguinte reflexão:
Parece que a roseira é uma planta inapta a produzir, sozinha, belas rosas.
Ela, a roseira, continua mandando nutrientes para botões que não estão saudáveis ou que já morreram. Obviamente, a roseira também não consegue determinar se um botão irá se transformar em uma linda rosa ou em uma “rosa normal”. A roseira manda nutrientes igualmente para todos os botões. Não faz escolhas!
Por não saber gerenciar seus recursos, a roseira, na natureza, acaba impedindo que o botão de rosa com mais “potencial” se desenvolva tanto quanto seria possível.
O segredo das belas rosas é o podador!
O mesmo ocorre nas organizações. Há sempre mais ideias interessantes do que tempo e outros recursos para executá-las.
Saber dizer “NÃO” é uma das atribuições mais relevantes do CTO (e de qualquer um em posição de decisão).
Dizer não significa garantir que a empresa terá “fôlego” suficiente para tirar do papel os projetos mais interessantes.
Obviamente, todo “não” precisa estar suportado na estratégia (que é um padrão coerente para tomada de decisões). Ainda melhor se estiver pautado em uma meta.
IMPORTANTE: Se liderar significa “bater metas, com o time, fazendo a coisa certa”, quando não há “metas”, não há liderança.
Em empresas menores, dizer “não” é mais difícil. Nesses cenários, o objetivo é sobreviver e, qualquer projeto que injete algum dinheiro será bem-vindo. Em empresas maiores, saber dizer “não” é essencial. Afinal, empresas maiores sabem que a real competição é sempre pelo lucro.
É responsabilidade do CTO, como persona estratégica, garantir que a empresa tenha estratégia e metas que lhe permitam dizer “não”.